NOTAS EXPLICATIVAS

 

1. CONTEXTO OPERACIONAL

O Departamento de Estradas de Rodagem é uma Autarquia do Governo Estadual Paulista, criada através do Decreto nº 6.529 de 02.07.1934. Vinculada à Secretaria de Logística e Transportes, conta com uma Sede e 14 Divisões Regionais, está localizado na Avenida do Estado, 777 Bom Retiro – SP. Atua na administração do sistema rodoviário estadual, integração com as rodovias municipais e federais e interação com os demais modos de transporte, objetivando o atendimento aos usuários no transporte de pessoas e cargas.

2. BASE DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Para a preparação e apresentação das Demonstrações Contábeis foram adotados os procedimentos constantes do Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público – MCASP 7ª edição, conforme Portaria Conjunta STN/SOF nº 02, de 22 de dezembro de 2016 - Aprova a Parte I - Procedimentos Contábeis Orçamentários da 7ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) e as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público aprovado pela Portaria STN nº840, de 21 de dezembro de 2016.

2.1 LEGISLAÇÃO PERTINENTE

 

NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis

Lei Complementar n° 101/2000

Lei Federal 4.320/64

MCASP – Manual da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, 7ª edição

Portaria Conjunta STN/SOF nº 02, de 22 de dezembro de 2016

Portaria STN nº 840, de 21 de dezembro de 2016

 

3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

 

3.1 Balanço Orçamentário

 

Conforme art. 102 da Lei 4.320/64, o Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas.

 

3.2 Balanço Financeiro

 

Segundo a Lei 4.320/64 art. 103, o Balanço Financeiro demonstrará a receita e despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra orçamentária, conjugados com saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.

 

 

 

 

 

3.3 Balanço Patrimonial

 

O art. 105 da Lei 4.320/64, estrutura o Balanço Patrimonial da seguinte forma:

I – Ativo Financeiro;

II – Ativo Permanente;

III – Passivo Financeiro;

IV – Passivo Permanente;

V – Saldo Patrimonial e

VI – Contas de Compensação

 

3.4 Demonstração das Variações Patrimoniais

 

A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício, redação dada segundo a Lei 4.320/64 art. 104.

 

3.4.1 Regime de Escrituração

Com fundamento no MCASP, o DER aplica o regime de competência em seus registros. Que tem por objetivo o reconhecimento das receitas e despesas quando incorridas, independentemente do seu recebimento ou pagamento.

 

3.5 Demonstração dos Fluxos de Caixa

 

Conforme o Manual da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) apresenta as entradas e saídas de caixa e as classifica em fluxos operacional, de investimento e de financiamento.

 

 

 

 


 

4. BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

 

 

O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas, conforme detalhamento no Art. 102 da Lei 4.320/64, e é composto por:

 

a) Quadro Principal;

b) Quadro da Execução dos restos a Pagar Não Processados;

c) Quadro da Execução dos Restos a Pagar Processados.

 

O Balanço Orçamentário foi elaborado conforme orientações presente no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP, em sua 7ª edição.

Com um orçamento de R$ 6.105.911.190,00, conforme Lei nº 16.347, de 29 de dezembro de 2016, assim ficou distribuído:

 

4.1. Receitas Orçamentárias

 

4.1.1 Receita Corrente

 

Com um orçamento atualizado em R$ de 1.346.318.270,00, a receita do Departamento de Estradas de Rodagem obteve no exercício de 2017, um excesso de arrecadação.

Tal fato é proveniente da outorga das novas concessões de rodovias, celebrado em 2017, além das concessões já praticadas em exercícios anteriores.

 

4.1.2 Receita de Capital

 

Com uma previsão de R$ 500.000.030,00 de repasse da União, proveniente do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC e da Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE, obtivemos um quadro deficitário no exercício de 2017, tendo em vista repasse a menor pela União.

 

4.2. Despesas Orçamentárias

 

4.2.1 Despesas Correntes

 

Com uma despesa atualizada em R$ 1.672.838.914,00, a despesa foi distribuída em obrigações patronais, aposentadorias, aquisição de material de consumo e serviços em geral, entre outros, obteve uma economia de R$ 58.569.695,11. Tal fato é justificado pela insuficiência de receita própria orçamentária.

 

4.2.2 Despesas de Capital

 

A despesa de capital foi fixada e atualizada em R$ 5.369.222.221,00, distribuídos entre obras e instalações, convênios com municípios, além de aquisição de material permanente. Com uma economia de R$ 1.939.569.069,70, justifica-se pelo fato da insuficiência de receita própria orçamentária.

 

 

4.3. Restos a Pagar

Os valores em Restos a Pagar Não Processados, foram cancelados em virtude da não utilização total na apresentação das despesas.

 

4.4. Análise do Balanço Orçamentário

 

Resumo do Quadro das Receitas Orçamentárias

Previsão das Receitas Correntes

1.346.318.270,00

Receita Corrente Realizada

2.884.778.599,70

= Superávit

1.538.460.329,70

Previsão das Receitas de Capital

500.000.030,00

Receita de Capital Realizada

88.708.574,78

= Déficit

-411.291.455,22

Total

1.127.168.874,48

 

 

Resumo do Quadro das Despesas Orçamentárias

Dotação Atualizada das Despesas Correntes

1.672.838.914,00

Despesas Correntes Empenhadas

1.614.269.218,89

= Economia orçamentária

58.569.695,11

Dotação Atualizada das Despesas de Capital

5.369.222.221,00

Despesas de Capital Empenhadas

3.429.653.151,30

= Economia orçamentária

1.939.569.069,70

Total

1.998.138.764,81

 

 

Com um saldo positivo de R$ 1.127.168.874,48, o Departamento de Estradas de Rodagem registrou um quadro superavitário. Resultado do confronto entre a previsão da receita e da receita realizada. Já o quadro das despesas, o DER obteve um saldo de R$ 1.998.138.764,81. O resultado é decorrente da fixação da despesa orçamentária, em confronto com a efetiva execução da despesa orçamentária.


 

5. BALANÇO FINANCEIRO

 

O Balanço Financeiro foi elaborado conforme instrui o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público – MCASP, em sua 7ª edição.

 

Conforme a 7ª edição do MCASP – Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público, o Balanço Financeiro evidencia as receitas e despesas orçamentárias, bem como os ingressos e dispêndios extra orçamentários, conjugados com os saldos de caixa do exercício anterior e os que se transferem para o início do exercício seguinte. É composto por apenas um único quadro, onde evidencia a movimentação financeira das entidades do setor público:

 

 

5.1 Ingressos

 

Os ingressos são provenientes da Receita Arrecadada, créditos suplementares, inscrições de Restos a pagar, variação extra orçamentária, caixa e depósitos de caução.

 

 

5.2 Dispêndios

 

Os dispêndios são provenientes das Despesas Empenhadas, os pagamentos de Restos a Pagar, além da apuração de caixa e depósitos de cauções.

 

 

5.3 Quadro Anexo

 

O quadro especifica as transferências financeiras, assim como a variação extra orçamentária em ingressos e dispêndios.

 


 

6. BALANÇO PATRIMONIAL

 

O Balanço Patrimonial está estruturado conforme orientações da 7ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP.

O balanço Patrimonial tem como características evidenciar a situação patrimonial e financeira da entidade pública, quantitativamente e qualitativamente. É constituído pelo Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Pela MCASP, fica assim distribuído:

 

 

6.1 Quadro Principal

 

Composto pelo Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, o Balanço Patrimonial encerrou o exercício de 2017 com um saldo de R$ 54.832.349.144,07

           

Ativo

 

Ativo Circulante: com saldo de R$ 5.777.073.441,43, proveniente de apuração de caixa, inscrições em Dívida Ativa, Direto sobre Concessões, estoques, recolhimento ao fundo de Participações dos Municípios e Despesas a apropriar.

 

Ativo Não Circulante: com saldo de R$ 49.055.274.702,64, com o montante predominante intitulado como Imobilizado, onde, através da Política de Ativos de Infraestrutura, revalorizou-se as Estradas/Rodovias, assim como edifícios do órgão. Outorgas de Rodovias também compõe o saldo.

 

Passivo

 

Passivo Circulante: saldo de R$ 4.588.745.830,91 tem o montante principal proveniente de Depósitos e Cauções em garantia contratual.

 

Passivo Não Circulante: saldo de R$ 3.968.569.591,30, tem o seu montante amis expressivo em saldo de inscrição de estoque de precatórios, depois da Lei LRF.

Patrimônio Líquido

A conta encerrou o exercício com um montante de R$ 46.275.033.721,77 referente ao resultado do exercício.

 

 

6.2 Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes – Lei 4.320/64

 

O quadro, elaborado conforme art. 105 da Lei 4.320/64 apresenta o Ativo ligeiramente a maior que o passivo, tanto no financeiro, quanto no permanente.

 

 

 

 

 

 

6.3 Quadro das Contas de Compensação – Lei 4.320/64

 

O quadro demonstra que os Atos Potenciais Passivos superam os Atos Potenciais Ativos, ou seja, as obrigações contratuais se sobrepõem aos direitos conveniados contratuais.

 

 

6.4 Quadro do Superávit/Déficit Financeiro

 

Quadro superavitário decorrente das transações de Operações de Crédito.

 

6.5 Créditos a Curto Prazo

O saldo é composto por inscrições em Dívida Ativa não Tributária e de Depósitos de Cauções e Bloqueios e Sequestros de Renda por Ordem Judicial.

 

6.6 Créditos a Longo Prazo

O saldo é proveniente da outorga de Rodovias, ações e depósitos judiciais.

 

6.7 Imobilizado

O valor mais expressivo é proveniente à contabilização das Estradas, Imóveis, Terrenos/Glebas, Edifícios, denominada como Ativos de Infraestruturas, fruto de um estudo, sob responsabilidade da Secretaria da Fazenda/FIPECAF, no reconhecimento da mensuração de valor dos Bens Móveis.

 

6.8 Intangível

Provenientes de concessão do Direito de Uso entre Software, direito de uso de linhas telefônica e outros bens intangíveis.

 

6.9 Obrigações Trabalhistas, Previdenciárias e Assistenciais a Curto Prazo

Montante constituído de Obrigações trabalhistas, como salários/remunerações e benefícios do exercício, encargos sociais a pagar, contribuição a regime próprio e INSS – 11% conforme Lei 9.711/98.

 

6.10 Obrigações Trabalhistas, Previdenciária e Assistenciais a Longo Prazo

Saldo a pagar do Parcelamento do INSS – Lei 11.941.

 

6.11 Demais elementos patrimoniais

Para o presente exercício não foi aplicado a política de depreciação, pois este se faz necessário através de sistema específico. O Departamento de Estradas de Rodagem está trabalhando junto à Secretaria da Fazenda em implantar o SAM Patrimônio, sistema desenvolvido pela PRODESP em parceria com a Secretaria da Fazenda, cumprindo o cronograma de implantação da Política de Bens Móveis no Estado. 

7. DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

 

A Demonstração das Variações Patrimoniais, prevista na Lei 4.320/64, agora é parte integrante das Demonstrações Contábeis conforme a Convergência da Contabilidade.

Foi elaborado conforme diretrizes constantes no MCASP, 7ª edição. É composto por um quadro único demonstrando as Variações Patrimoniais Aumentativas e Demonstrações Patrimoniais Diminutivas:

 

7.1 Variações Patrimoniais Aumentativas

 

O saldo mais expressivo corresponde ao recolhimento de taxas e contribuições sociais, assim como a exploração de bens e direitos e prestação de serviços, intitulada de Outorga Rodoviária. Compõe ainda, saldos apurados de juros e encargos de mora e rendimentos de aplicação financeira.

As transferências recebidas, em R$ 89.247.777,41, tem o seu saldo distribuído em: doação recebida em bens móveis e incorporação de áreas remanescentes. A transferência do Plano de Aceleração de Crescimento - PAC ocorreu apenas no montante de R$ 88.711.397,47.

 

7.2 Variações Patrimoniais Diminutivas

 

O saldo mais expressivo está concentrado em remuneração a Pessoal, encargos patrimoniais, material de consumo, contratação de serviços, baixa patrimonial por doação a outros órgãos, Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito, perdas involuntárias (baixas patrimoniais), pagamento de taxas e lançamentos de juros do pagamento da dívida com parcelamento do INSS, conforme Lei 11.941.


 

8. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

 

A DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa é outro Demonstrativo Contábil exigido no encerramento financeiro do órgão. Temos como direcionador de regras para a elaboração, o MCASP, em sua 6ª edição.

É pelo DFC que se evidencia a capacidade de geração de caixa e equivalentes, assim como seu grau de liquidez. Foi elaborado pelo Método Direto, assim como disciplina pelo MCASP. Assim segue:

 

8.1 Quadro Principal

 

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Ingressos

Saldo proveniente das receitas realizadas, retenção de Imposto de Renda, saldo do resultado do quadro anexo do Balanço Financeiro, onde especifica as transferências recebidas e concedidas.

 

Desembolsos

Pagamentos a Pessoal e demais despesas e transferências concedidas

 

Fluxos de caixa das atividades de investimento

 

Desembolsos

 

Ingressos

Pela transferência de Recursos do Plano de Aceleração do Crescimento – PAC, denominado Transferências de Capital Recebida.

 

8.2 Quadro 1FC – Receitas Derivadas e Originárias

 

Resultado das Receitas Realizadas no exercício.

 

8.3 Quadro 2FC – Transferências Recebidas e Concedidas

 

Saldo das transferências recebidas da União, e transferências concedidas à União, Estado e Municípios.

 

8.4 Quadro 3FC – Desembolsos de Pessoal e Demais Despesas por Função

 

Referente a desembolsos de pessoal e demais despesa.