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CAPÍTUL O   0 7   –   Pr O je T O   se g U r O   de   r O d O vi A s




                           •  em rodovias de pista dupla pode ser vantajoso, em algumas situações, va-
                             riar a largura do canteiro central para permitir alinhamentos independentes
                             em planta e perfil para as duas pistas. Essa medida é particularmente de-

                             sejável nos casos de duplicação de pista existente.
                           •  em regiões de relevo ondulado, pode ser utilizada uma curva côncava de
                             amplo desenvolvimento e grande raio de curvatura para atenuar a rigidez
                             do traçado, em favor de uma longa tangente horizontal, observadas as con-

                             dições de escoamento superficial;
                           •  recomenda-se que o traçado, em planta e perfil, seja projetado de forma

                             integrada a preservação ambiental, harmonizando-o, sempre que possível,
                             com a paisagem natural.



                  7.1.4 Declividade transversal


                  Do ponto de vista operacional e de segurança, declividades transversais mais baixas

                  são preferíveis por proporcionarem mais conforto e menor desvio latera. Por outro
                  lado, declividades transversais elevadas são vantajosas para acelerar o escoamento
                  superficial (garantindo boas condições de drenagem) e possibilitar mais conforto em
                  curvas.


                       Com relação à seção transversal, o segmento da rodovia pode ser projetado de
                  duas formas: coroado (declividade transversal para ambos os lados) ou com caimento
                  simples. Seções coroadas são típicas em pistas simples, enquanto seções com caimen-
                  to simples são mais comuns em pista dupla. Nos casos em que a pista dupla possui

                  seção coroada, elementos de drenagem devem estar presentes em ambos os lados da
                  via (na região externa e no canteiro central). Contudo, o sistema de drenagem não deve
                  prejudicar a segurança nas laterais das vias, devendo ser seguida a ordem de prioridade
                  de tratamento de obstáculos fixos na zona livre estabelecida no “Capítulo 8 — Projeto

                  seguro das laterais da vias”: (i) remover o obstáculo; (ii) redesenhar o obstáculo; (iii)
                  realocar o obstáculo; (iv) reduzir a severidade do impacto; (v) proteger com dispositivo
                  de contenção; e (vi) delinear o obstáculo.

                       A principal vantagem da seção transversal coroada está relacionada à capacidade

                  de drenagem, a qual geralmente é maior nesse tipo de seção. Já em seções transversais




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                     MANU AL  DE  SE GUR ANÇA  VIÁRIA
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