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CAPÍTUL O 0 5 – USO E TR A T AMENT O DE D ADOS DE A CIDENTE S
Nota-se que tanto o CADaS quanto o RENAEST recomendam coletar informações
relativas ao acidente, à via, ao veículo e à pessoa. É importante salientar que cada ór-
gão sugere um conjunto de dados diferente, mas ambos consideram fatores associa-
dos à interação pessoa–via–veículo–meio ambiente para compreender as causas e ca-
racterizar os acidentes. O RENAEST, por ser um registro nacional, solicita coletar dados
mais específicos, como a informação do local do acidente e a identificação do CPF do
envolvido. Por outro lado, o CADaS, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde,
atém-se a informações mais gerais, como fatores humanos relativos ao uso de drogas
e álcool, informações do veículo e condições da via.
Além dos dados coletados no local do acidente, podem também ser utilizadas para
complementar a base de dados e, consequentemente, suas análises, as seguintes in-
formações [3], [5], [6]:
• dados do serviço médico emergencial e hospitalar;
• dados do Instituto Médico Legal (IML);
• dados de seguradoras;
• histórico de aplicação de multas e de infrações de trânsito;
• dados de frota;
• dados de tráfego;
• dados de população;
• informações da rodovia, como condições de sinalização horizontal e verti-
cal, características geométricas, referência de localização, dados do siste-
ma de informações geográficas, padrões de viagens e exposição etc.;
• dados adicionais de Boletins de Ocorrência, como diagrama de colisão.
Essas informações secundárias podem ser relevantes para consolidar as informa-
ções das bases de dados com maior confiabilidade.
5.1.2 Coleta de dados
A integração bem-sucedida da Segurança Viária (planejamento, projeto, construção,
operação e manutenção) demanda que dados completos, confiáveis e atuais estejam
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP