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CAPÍTUL O 1 4 – A v AL i A çã O E C O nômi CA E m O ni T O r A m E n T O d E P r O j ET O s im PLA n T A d O s
de Segurança Viária que, ao contrário da mudança no cenário de acidentalidade viária,
dificilmente podem ser quantificados ou monetizados. Entre eles, destacam-se [1]:
• demanda pública;
• benefício social;
• percepção e aceitação pública dos projetos de melhoria da segurança;
• integração com o entorno;
• cumprimento de políticas estabelecidas e endossadas pela comunidade
para melhorar a mobilidade ou acessibilidade;
• redução do número de conflitos de tráfego;
• qualidade do ar, ruído e outras considerações ambientais;
• necessidades dos usuários da rodovia.
Considerações não monetárias contemplam esses benefícios, que não são direta-
mente relacionados à redução da frequência ou da severidade de acidentes, mas tam-
bém podem ser incluídas nas decisões sobre projetos de Segurança Viária.
14.1.4 Análise de sensibilidade
Após calcular os indicadores mencionados, é desejável realizar uma análise de sensibili-
dade para avaliar a consistência dos resultados; ou seja, para verificar se os resultados
podem ser drasticamente alterados, a partir de pequenas mudanças nos valores de um
ou mais parâmetros [11].
A análise de sensibilidade deve ser realizada, especialmente quando as estimati-
vas de custos e benefícios não forem confiáveis, com o objetivo de avaliar se os erros
embutidos nas estimativas interferem demasiadamente na avaliação econômica. Para
isso, a margem de variação dos parâmetros-chave deve ser avaliada e, posteriormente,
os indicadores devem ser recalculados [11]. Caso os resultados variem demasiadamen-
te, as estimativas de custos e benefícios devem ser revisadas [2].
A análise de sensibilidade também é útil quando os benefícios calculados são pou-
co superiores aos custos estimados, quando os resultados de análises benefício-custo
são pouco superiores a um.
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP
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