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CAPÍTUL O 0 8 – Pr O je T O se g U r O d A s LA T er A is d A s vi A s
8.2.6.3 Taludes transversais
Taludes transversais são aqueles que se apresentam perpendicularmente à via, criados
principalmente por acessos laterais, interseções ou em cruzamentos de canteiro cen-
tral. Apresentam risco elevado, pois são locais que podem ser atingidos frontalmente
por veículos errantes [1], [5].
Para vias de alta velocidade, o talude transversal (frontal à via) deve ter declivi-
dade de 1V:6H ou menos, especialmente para aqueles localizados imediatamente ad-
jacentes ao tráfego. É possível projetar taludes mais inclinados, conforme se aumenta
o afastamento lateral. Taludes transversais mais inclinados do que 1V:6H podem ser
considerados em áreas urbanas ou vias de baixa velocidade [2].
Em taludes transversais, a presença de estruturas de drenagem dentro da zona
livre lateral da via deve ser compatibilizada com a declividade lateral dos taludes, de
forma que se torne traspassável. Se não for possível, recomenda-se deslocar as cana-
letas de drenagem para que o bueiro fique instalado fora da zona livre.
Caso haja um talude transversal (frontal à rodovia) que apresente possibilidade de
queda de veículos em passagem inferior ou rio, deve ser prevista uma distância mínima
de parada atrás dos dispositivos de contenção para que o veículo não sofra queda.
8.2.7 Dispositivos de drenagem
As estruturas de drenagem devem ser traspassáveis, de modo a não se tornarem ele-
mentos de risco. Devem ser projetadas, construídas e mantidas, considerando, além
da eficiência hidráulica, a segurança das laterais das vias. Em geral, recomenda-se [7]:
a) projetar ou modificar as estruturas de drenagem para serem atravessáveis
ou pelo menos reduzirem o risco em caso de choque; caso contrário,
b) proteger as estruturas com dispositivos de contenção se estiverem dentro
da zona livre.
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP