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CAPÍTUL O 0 8 – Pr O je T O se g U r O d A s LA T er A is d A s vi A s
de risco no pé do talude. Por outro lado, taludes recuperáveis ou não recuperáveis, que
não contenham elementos de risco, não exigem a implantação de contenção lateral [2],
[3]. O Quadro 8.1 apresenta os três diferentes tipos de taludes de aterro.
Quadro 8.1: Tipos de taludes de aterro
Taludes recuperáveis São taludes mais planos, com declividade lateral de até 1V:4H.
Não exigem contenção lateral, pois permitem ao motorista
executar manobras de recuperação e parada do veículo em caso
de saída de pista. É fortemente desaconselhada a presença de
elementos de risco, como dispositivos de drenagem ou outros
elementos protuberantes, acima do aterro.
Taludes não-recuperáveis Têm declividade lateral entre 1V:4H e 1V:3H. Apesar de serem
percorríveis, o condutor não consegue retornar à faixa de
rodagem facilmente, sendo esperado que o veículo chegue
ao fundo do talude. Não devem existir elementos de risco ao
longo das encostas e é recomendada uma área de escape sem
obstruções no fundo do talude. Se isso não for possível, deve-se
projetar um dispositivo de contenção.
Taludes críticos São encostas mais íngremes, com declividade lateral maior ou
igual a 1V:3H. Devem ser projetados e tratados com cautela,
já que podem incorrer em capotamentos ou queda de veículos
no caso de saídas de pista. A “Instrução de Projeto: Projeto de
Dispositivos de Segurança” do DER/SP apresenta os parâmetros
para a determinação do uso de dispositivos de contenção lateral.
Fonte: elaborado pelo autor com base em [1], [2], [3] e [7]
Dessa forma, sempre que possível, deve-se projetar taludes recuperáveis, de
modo a evitar a utilização de dispositivos de contenção lateral [2]. A Figura 8.3 apre-
senta um exemplo de seção transversal com zona livre lateral em talude recuperável.
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP