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CAPÍTUL O 1 2 – Ab O rd A gens P r O A T iv A s
vulneráveis de todas as idades etc. As alterações realizadas nessa fase são
a última chance de alteração do projeto antes da execução da obra.
(4) Pré-abertura ao tráfego
É a etapa em que a ASV é realizada pela visita da equipe auditora à via que
será aberta ao tráfego, durante os períodos diurno e noturno — incluindo a
inspeção do uso da via a ser feito pelo ponto de vista de diferentes usuários
e veículos. Assim, busca-se a Auditoria detalhada das condições da via a ser
liberada para o tráfego, incluindo suas aproximações e conexões, eventuais
desvios do projeto aprovado, sinalização horizontal e vertical, implantação
dos dispositivos de contenção e segurança da drenagem implantada.
(5) Vias existentes
Após a abertura da via, as Auditorias (ou Inspeções de Segurança Viária)
podem ser realizadas para verificar como a rodovia está realmente ope-
rando, para identificar se há alguma deficiência no conceito do projeto ou
na sua execução. Assim, a via é completamente auditada. As ASVs podem
ser conduzidas em vias existentes com o objetivo de identificar elementos
de risco, atuando como ferramenta de revisão ou monitoramento da Segu-
rança Viária. As Auditorias devem ser conduzidas em diferentes condições,
incluindo chuva e condição noturna.
A ASV pode ser incluída em cada fase de projeto e englobar novos aspectos à me-
dida que o projeto vai sendo detalhado, até a sua implantação e operação. Recomen-
da-se que Auditorias sejam realizadas nas primeiras etapas do projeto, uma vez que
a análise preliminar auxilia nas melhorias de Segurança Viária para o projeto final e,
dessa forma, elimina o retrabalho nas fases de projeto e construção [2].
Entre os tipos específicos de Auditoria, pode-se destacar a Auditoria de Segurança
de Obras [3]. Os locais em obra requerem implantação de desvios e configurações fun-
cionais temporárias, que podem provocar mudança de velocidade e aumento de confli-
tos entre os usuários da via, além de gerar riscos aos trabalhadores da obra. É possível,
ainda, que essas configurações sofram alterações durante os estágios de avanço da
obra, expondo os usuários a configurações viárias distintas daquela projetada e audi-
tada durante as etapas de projeto anteriores.
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP