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CAPÍTUL O   1 3   –   Se L e çã O   de   C O n T r A medid A S




                  comprometer a eficácia dos tratamentos, uma vez que os resultados esperados podem
                  não ser alcançados. Dessa forma, os resultados esperados para a redução de aciden-
                  tes encontrados em estudos em países desenvolvidos devem servir como ponto de

                  partida para a seleção de contramedidas e as questões acima discutidas devem ser
                  consideradas com cautela, sendo incentivada a realização de revisões sobre os bene-
                  fícios esperados. A longo prazo, espera-se que existam mais estudos e informações
                  sobre a implantação de contramedidas em rodovias brasileiras. Para tanto, devem ser
                  realizados, adequadamente, o monitoramento, a análise e a avaliação dos acidentes e

                  das contramedidas implementadas [2].

                       Além disso, muitos tratamentos de segurança podem apresentar números re-
                  siduais de acidentes graves e, portanto, requerem melhorias nos tratamentos já co-
                  nhecidos. Isso pode ocorrer quando são realizadas alterações nas contramedidas, que,

                  quando aplicadas em novas situações, precisam ser adaptadas para alcançar melhores
                  resultados, caso contrário resultam na perda de efetividade.  Assim, há a necessidade
                  de autoridades rodoviárias e de organizações de apoio inovarem e adotarem novas

                  abordagens, baseadas em evidências e em experiências de contramedidas já implanta-
                  das em outros locais [2].

                       Sugere-se que seja feita uma abordagem metodológica para a inovação, delineada
                  nos seguintes passos [2]:


                         (1)  Entender o problema: identificar o tipo de acidente, os usuários da rodovia
                             e os locais que necessitam de melhoria.

                        (2)  Identificar as soluções possíveis: soluções implantadas em outros locais do
                             país ou em outros países, ou soluções que possam ser adaptadas para um
                             tratamento existente.

                        (3)  Avaliar a solução: analisar se as contramedidas de fato estão trazendo be-
                             nefícios para a redução do número de mortos e feridos graves e para os
                             demais objetivos de políticas de Segurança Viária, baseando-se em guias e
                             experiências nacionais e internacionais. Ferramentas como simuladores de

                             direção e testes em ambientes controlados podem auxiliar na determinação
                             dos efeitos dos tratamentos.
                        (4)  Testar a solução escolhida: aplicar um projeto piloto a fim de verificar a

                             eficácia da contramedida em um contexto específico e em um ambiente



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                     MANU  AL  DE  SE  GUR ANÇA  VIÁRIA
                     MANU AL  DE  SE GUR ANÇA  VIÁRIA
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