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CAPÍTUL O 0 9 – PRO JET O SE GURO DE INTERSE Ç ÕE S E A CE SSOS
Visibilidade: dado que, em geral, a via circular conta com grandes dimensões, a per-
cepção dos motoristas tende a ser restrita, não abarcando o dispositivo como um todo.
Por essas razões, é importante que as sinalizações de advertência e orientação sejam
projetadas com cuidado. Ao mesmo tempo, nos movimentos de divergência, é impor-
tante que as condições de visibilidade sejam apropriadas.
VDM e VHP: este tipo de interseção é admitido em vias com valores de VDM e VHP
médio a alto.
Classe da rodovia: mais indicado para vias de classe 0, IA e IB.
Usuários vulneráveis: este tipo de interseção não é recomendado em locais com
demanda de cruzamento de usuários vulneráveis, uma vez que as distâncias de deslo-
camento ao longo do dispositivo são elevadas e os veículos trafegam com velocidades
relativamente altas, exigindo medidas para separar os usuários vulneráveis do tráfego
motorizado.
A separação em nível é obrigatória em interseções de rodovias de classe 0, devido
ao controle total de acessos exigido e, no estado de São Paulo, também em rodovias
de classe IA. Nas demais classes, a implantação de dispositivos em desnível obedece a
critérios relacionados a condições específicas.
Em geral, interseções em desnível são justificadas em rodovias com elevado volu-
me de tráfego e interferências de diversas correntes, a fim de reduzir a probabilidade
de ocorrência de acidentes graves, bem como garantir o nível de serviço compatível
com a classe da rodovia. Além disso, deve ser considerada em cruzamento de vias com
histórico de acidentes ou mesmo em entroncamentos de rodovias com volume de trá-
fego e densidade reduzidos, mas com velocidades altas [2].
A separação dos ramos em níveis diferentes deve ser projetada de forma que eli-
mine o risco de quedas de veículos em plano inferior, por meio da instalação de disposi-
tivos de proteção. Esse tipo de interseção apresenta maiores percursos em compara-
ção com os cruzamentos em nível [2].
Ao ser implantada em travessias urbanas do tipo II ou, eventualmente, do tipo
III , deve-se considerar a demanda de usuários vulneráveis e proporcionar trajetórias
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5 Os tipos de travessias urbanas são tratados no “Capítulo 10 — Travessias urbanas”.
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP