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CAPÍTUL O 1 0 – TR A VE SSIA S URB ANA S
Travessias urbanas do tipo II atravessam áreas urbanas densamente povoadas, com
diversos acessos às áreas lindeiras, e possuem uma ou mais faixas por sentido. Podem
sofrer um aumento significativo no volume de tráfego devido ao fluxo veicular que utili-
za a rodovia para deslocamentos intraurbanos. Esse fluxo apresenta características de
tráfego urbano — características de tipo de viagem e comportamento dos motoristas
— e interfere no tráfego dos veículos com viagens rodoviárias de longo percurso. Além
disso, nesse tipo de travessia pode ocorrer a presença de pedestres e ciclistas, que uti-
lizam a rodovia para deslocamentos ou cruzamentos, exigindo medidas de segurança
adicionais.
Para acomodar essas demandas do tráfego local e dos usuários vulneráveis (pedes-
tres e ciclistas), recomenda-se a implantação de vias marginais nas travessias do tipo
II. É importante também, atentar-se ao projeto de interseções na região, já que estas
tendem a ser utilizadas para a transposição da rodovia pelo tráfego local. A Figura 10.2
apresenta um exemplo de travessia urbana do tipo II, no trecho da Rodovia SP-332 em
Artur Nogueira, São Paulo.
Figura 10.2: Exemplo de travessia urbana tipo II
Fonte: acervo DER/SP
Travessias urbanas do tipo III são trechos onde a rodovia atravessa áreas urbaniza-
das, adquirindo características físicas e operacionais totalmente urbanas, como: pas-
seios e uso do solo lindeiro tomado por edificações do tipo residencial, comercial e de
serviços; elevado tráfego de veículos locais; velocidades baixas; e presença de pedes-
tres e ciclistas. Dessa forma, o tráfego com comportamento rodoviário (velocidades
altas e grande número de veículos pesados) interage com o tráfego local (veículos mais
lentos e motoristas menos atentos).
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP
DER / SP