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CAPÍTUL O 1 0 – TR A VE SSIA S URB ANA S
Em segmentos de rodovias que passam por perímetro urbano em situação segre-
gada (tipo I) e rodovias atravessando áreas de influência urbana com passagem per-
turbada (tipo II), os acessos devem ser controlados e limitados, de modo a minimizar
conflitos e evitar manobras inseguras.
Faixas de aceleração e desaceleração, tanto para acessos quanto para paradas de
ônibus, devem ser projetadas de acordo com a velocidade da via principal [1]. Destaca-
-se que as baias de ônibus devem ser inseridas com projeto adequado, que considere
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a segurança dos usuários. O DER/SP disponibiliza recomendações para a elaboração de
projetos de parada de transporte coletivo no documento Projeto Padrão de Platafor-
ma para Ponto de Ônibus [5]. Alternativamente, o Manual de Acesso de Propriedades
Marginais a Rodovias Federais [6] e o Manual de Projeto de Interseções [7] podem ser
consultados para auxiliar nesses projetos.
No entanto, nem sempre é simples identificar a tipologia de uma travessia urbana
(ver Figura 10.4), podendo existir casos de aspectos distintos em um mesmo trecho,
devido às particularidades locais. Por isso, a determinação das características da tra-
vessia urbana deve ser feita com cautela, analisando caso a caso. Uma rodovia que
atravessa uma área urbanizada, por exemplo, pode ter múltiplas faixas e ser a via prin-
cipal de circulação da cidade, mas também fornece acesso a uma escola, onde medidas
de sinalização e redução da velocidade podem ser necessárias para garantir a seguran-
ça da comunidade do entorno escolar.
O tratamento adequado de qualquer travessia urbana depende, primordialmen-
te, da função que a rodovia desempenha para os usuários: mobilidade ou acessibilida-
de. Em rodovias que atravessam áreas urbanizadas (tipo III), é importante conciliar a
acessibilidade dos usuários com a Segurança Viária, especialmente pela presença de
usuários vulneráveis e de diferentes tipos de viagens, que aumentam o número de con-
flitos de tráfego. No caso das travessias urbanas do tipo II, os projetos devem garantir
um equilíbrio entre a mobilidade e a acessibilidade, sempre priorizando a segurança
de todos os usuários, uma vez que há aumento no fluxo e no número de conflitos de
tráfego. Rodovias que passam por perímetro urbano em situação segregada (tipo I) não
1 Informações mais detalhadas sobre baias de ônibus podem ser encontradas no “Capítulo 11 —
Considerações sobre usuários vulneráveis”.
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