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CAPÍTUL O   0 5   –   USO   E   TR A T AMENT O   DE   D ADOS   DE   A CIDENTE S




                  grupo de locais ao longo da rede viária que apresentam características semelhantes
                  [2], [3].

                       Segmentos homogêneos de rodovias são trechos que possuem um conjunto de
                  características físicas e operacionais semelhantes, como número de faixas por senti-

                  do, densidade de acessos (acesso a lotes e espaçamento entre interseções), volumes
                  de tráfego (volume total, volume na hora pico, volume diário médio), tipo e largura do
                  separador central, velocidade de operação ou velocidade regulamentada, uso do solo

                  adjacente, tipo de terreno, classificação funcional, entre outras [8], [12].

                       Conforme apresentado no “Capítulo 3 — Acidentalidade”, nas rodovias sob juris-
                  dição do DER/SP, os locais críticos são identificados mediante a aplicação do método
                  numérico UPS, o qual calcula o valor da Unidade Padrão de Severidade (UPS) dos aci-

                  dentes. O cálculo da UPS faz uma ponderação dos tipos de acidentes para classificar
                  trechos críticos, considerando a severidade de cada ocorrência. Os trechos são classifi-
                  cados em ordem decrescente e aqueles com maior valor de UPS são considerados crí-
                  ticos e devem ser prioritários nos estudos de segurança. A análise é inicialmente feita

                  por segmentos homogêneos e posteriormente para cada quilômetro.

                       Métodos numéricos podem ser utilizados para classificar (ranquear) os trechos
                  analisados por nível de criticidade, a partir das ocorrências de acidentes. Além disso,
                  permitem a comparação dos resultados de cada trecho com diferentes regiões e paí-

                  ses. Contudo, ao comparar os resultados obtidos na aplicação de métodos numéricos, é
                  necessário levar em consideração a possível heterogeneidade nas frequências e índices
                  de acidentes, causada pela aleatoriedade no comportamento dos usuários, como tam-
                  bém os efeitos das características das vias, condições meteorológicas e composição

                  do tráfego.




                  5.4 Diagnóstico dos locais críticos




                  A segunda etapa do processo de Gerenciamento da Segurança Viária consiste no diag-

                  nóstico dos locais críticos identificados na etapa de análise. Como resultado desta
                  etapa, espera-se um aprofundamento da análise realizada na determinação dos locais





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