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CAPÍTUL O 0 8 – Pr O je T O se g U r O d A s LA T er A is d A s vi A s
Entre os diversos tipos de rampas de escape destacam-se os leitos de frenagem.
São construídos adjacentes às rodovias, compostos por agregados soltos que incremen-
tam a resistência ao rolamento enquanto o veículo percorre a rampa. Apresentam incli-
nações suaves e proporcionam desaceleração gradual até a parada total do veículo, po-
dendo ser nivelados, descendentes ou ascendentes, conforme a topografia do local [11].
A rampa de escape mais utilizada é do tipo leito de frenagem com inclinação as-
cendente, a qual usa a inclinação e a atuação da força da gravidade como auxílio para
desacelerar os veículos, reduzindo o comprimento necessário da pista de emergência.
Leitos de frenagem horizontal necessitam de comprimentos maiores para fazer parar o
veículo desgovernado, pois, nesses casos, a parada do veículo é apenas em decorrência
da atuação dos agregados soltos. Leitos de frenagem descendentes devem ser implan-
tados em condições específicas de terreno, uma vez que a rampa deve ser mais longa
do que para os leitos de frenagem ascendente e horizontal, devido à somatória da força
da gravidade atuando na aceleração do veículo [11].
Não há diretrizes únicas para o projeto e instalação de rampas de escape em ro-
dovias novas ou existentes, porém, é recomendada a avaliação de fatores de seleção
do local, específicos para a via de emergência, como: topografia, comprimento e greide,
velocidade, economia, impacto ambiental e histórico de colisões. Para rodovias exis-
tentes, deve-se analisar o histórico de acidentes, bem como, observar em campo mar-
cas na faixa de domínio que indiquem a necessidade de uma rampa de escape [11].
Dessa forma, para determinar a localização da rampa de escape, deve-se [11]:
a) interceptar o maior número de veículos sem controle, avaliando a relação
da declividade com o comprimento do greide para definir o ponto ótimo da
implantação da rampa de escape;
b) determinar a velocidade de descida segura pelo declive e os locais onde as
temperaturas dos freios excedem o limite e podem resultar em falhas no
sistema;
c) utilizar tangentes da rodovia, que antecedem curvas horizontais, para evi-
tar capotamentos;
d) avaliar locais com histórico de acidentes, de forma a implantar a rampa de
escape imediatamente antes da seção crítica da via;
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP