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CONSIDERAÇÕES SOBRE
USUÁRIOS VULNERÁVEIS
Geralmente, pouca atenção é dada aos pedestres e ciclistas em ambientes rodoviá-
rios. Esses usuários são, por vezes, negligenciados em ações voltadas à Segurança
Viária [1]. Como o objetivo desse tipo de via é promover mobilidade e consequentemen-
te o desenvolvimento de velocidades elevadas, projetos geométricos e de segurança
são voltados majoritariamente para o tráfego de veículos motorizados.
Rodovias que atravessam áreas urbanas, além de sofrer influências do tráfego
local, podem ter um grande volume de tráfego de usuários vulneráveis. Conforme abor-
dado no “Capítulo 10 — Travessias urbanas”, neste Manual são estabelecidos três ti-
pos de travessias urbanas, definidas a partir do nível de influência urbana que as rodo-
vias sofrem, sendo:
• Travessias urbanas do tipo I: rodovias de classe 0 e IA que passam por pe-
rímetro urbano em situação segregada e sem perturbação do tráfego local.
Esse tipo de travessia não será abordado neste capítulo, uma vez que o
tráfego de usuários não motorizados deve ser proibido devido às altas ve-
locidades praticadas.
• Travessias urbanas do tipo II: rodovias que atravessam áreas de influência
urbana, com passagem perturbada. Esse tipo de via preserva características
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