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CAPÍTUL O   1 1   –   C O nsider A ç õe s   s O bre   U s U ári O s   v UL ner á veis




                             operacionais de rodovias rurais, mesmo compreendendo um tráfego mis-
                             to de longa distância (tráfego rodoviário) e de deslocamentos intraurbanos
                             (tráfego local), podendo apresentar demanda de usuários vulneráveis.

                           •  Travessias urbanas do tipo III: rodovias que atravessam áreas urbanizadas
                             adquirindo características físicas e operacionais urbanas e com grande pre-
                             sença de pedestres e ciclistas.




                       Compreender a interação entre veículos motorizados e usuários vulneráveis em
                  travessias urbanas dos tipos II e III é um esforço importante para desenvolver projetos
                  seguros, uma vez que há uma diferença considerável de velocidade e de comportamen-
                  to entre usuários de veículos motorizados e não motorizados.


                       Pedestres, ciclistas e, também, motociclistas estão envolvidos em cerca de duas a
                  cada três fatalidades decorrentes de acidentes de trânsito [2], [3].  Esses usuários so-
                  frem as consequências mais graves quando envolvidos em acidentes com veículos mo-
                  torizados, pois não são protegidos pela estrutura do veículo. A denominação “usuários

                  vulneráveis” é feita, precisamente, por existir o componente da vulnerabilidade humana
                  na determinação das consequências dos acidentes nos quais se envolvem. Dessa forma,
                  garantir a segurança desses usuários é fundamental para prevenir lesões no trânsito.


                       Considerando que nenhuma morte ou lesão grave no trânsito é aceitável — pois
                  os acidentes são previsíveis e evitáveis  — e que pedestres e ciclistas são usuários
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                  vulneráveis que frequentemente circulam em áreas urbanizadas e de influência urbana,
                  os projetos de rodovias devem acomodar todos os usuários atuais e os previstos [5],

                  sendo que usuários vulneráveis devem ser tratados com especial atenção em estudos,
                  projetos e políticas de Segurança Viária [1].

                       Este capítulo tem por objetivo apresentar a importância de considerar usuários
                  vulneráveis no projeto seguro de rodovias e em tratamentos de locais de risco. São

                  apresentadas questões de Segurança Viária para pedestres e ciclistas, assim como
                  para motociclistas, que podem ser considerados usuários vulneráveis em relação a ou-
                  tros veículos motorizados (automóveis, caminhões e ônibus).




                  1   Essa definição refere-se à abordagem do Sistema Seguro que é aprofundada no “Capítulo 6—
                     Diretrizes para o projeto seguro de rodovias”.


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                     MANU AL  DE  SE GUR ANÇA  VIÁRIA
          DER / SP
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