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CAPÍTUL O 1 1 – C O nsider A ç õe s s O bre U s U ári O s v UL ner á veis
é de suma importância para garantir a mobilidade desses usuários nas rodovias. A se-
guir, são apresentados os aspectos que devem ser considerados na elaboração de pro-
jetos seguros voltados para cada grupo de usuários vulneráveis.
11.1.1 Segurança de pedestres
Pedestres priorizam trajetórias em nível, com o menor deslocamento possível. Da mes-
ma forma, evitam passarelas e passagens subterrâneas, devido ao aumento da distân-
cia percorrida, do tempo de percurso e da energia necessária para vencer o desvio da
travessia. Nesse sentido, as medidas e dispositivos de segurança para a coexistência
de pedestres e veículos motorizados devem ser pensadas de forma a incluir os pedes-
tres no sistema viário, sem prejudicar a circulação desses usuários vulneráveis.
Existem duas maneiras principais de reduzir a severidade dos acidentes com pe-
destres: a primeira é separar os pedestres do tráfego motorizado, reduzindo os confli-
tos e os riscos a que eles estão sujeitos; e a segunda é reduzir a velocidade dos veículos
a valores baixos o suficiente para que, caso ocorra um acidente envolvendo pedestres,
as consequências não sejam fatais ou graves [6]. Medidas moderadoras de tráfego,
conforme descrito no “Capítulo 10 — Travessias Urbanas”, podem ser implementadas
para reduzir as velocidades praticadas pelos veículos motorizados em locais com trá-
fego de pedestres. Entretanto, como a capacidade da via é prejudicada pela redução
da velocidade de tráfego, velocidades mais baixas, que permitam o tráfego seguro de
pedestres, nem sempre podem ser alcançadas, especialmente em travessias urbanas
do tipo II.
Por outro lado, é possível separar os fluxos de veículos motorizados e usuários
vulneráveis nas rodovias. Em travessias urbanas do tipo I, por exemplo, deve ser pre-
vista a separação total dos fluxos de usuários vulneráveis e veículos motorizados [12].
Em travessias urbanas dos tipos II e III, os fluxos de diferentes usuários podem ser
separados no espaço ou no tempo, como é explicado no item “11.2 — Tratamento dos
usuários vulneráveis”.
Além disso, existem outras medidas que podem auxiliar na melhoria de segurança
dos pedestres, como [13]:
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP