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CAPÍTUL O   1 1   –   C O nsider A ç õe s   s O bre   U s U ári O s   v UL ner á veis




                           •  iluminar locais potencialmente perigosos e eliminar fontes de luzes inten-
                             sas que possam ofuscar a visão dos condutores;

                           •  sinalizar, com materiais retrorrefletivos e de fácil leitura, os pontos de cru-
                             zamento de pedestres, bem como, a interface entre pedestres e demais
                             usuários.




                       É importante considerar a segurança de pedestres no entorno de rotas e pontos
                  de parada de transporte coletivo, fornecendo infraestrutura adequada para a circula-
                  ção segura desses usuários. Essas estruturas têm como objetivo diminuir a exposição
                  dos passageiros e garantir acesso seguro aos pontos de embarque e desembarque.
                  Assim, estruturas como travessia sinalizada e com visibilidade adequada para pedes-

                  tres, acompanhadas (sempre que possível) por canteiros centrais e ilhas de refúgio, são
                  medidas primordiais de Segurança Viária para usuários vulneráveis e devem ser proje-
                  tadas em toda a rota do transporte público.

                       Um projeto seguro também deve contemplar grupos de pedestres mais vulnerá-

                  veis em relação à população geral, visando tratar esses grupos com equidade e forne-
                  cendo condições de segurança adequadas às expectativas dos usuários e às necessi-
                  dades de mobilidade [14]. Nesse contexto, é necessário identificar os riscos aos quais

                  os usuários vulneráveis estão expostos, considerando as diferenças existentes dentro
                  desse grupo, como:

                         a)  Idade

                             A idade está relacionada a uma variedade de características e habilidades
                             que podem contribuir para a exposição ao risco e para a severidade dos
                             acidentes, além de influenciar o risco de lesões no trânsito. As caracterís-
                             ticas e comportamentos relacionados à idade referem-se  à maneira como

                             crianças, adultos e idosos interagem com as medidas de segurança para
                             pedestres e, portanto, requerem atenção especial no planejamento de in-
                             tervenções [6].

                             Vários fatores atuam juntos para aumentar o risco de pedestres idosos en-
                             volverem-se em acidentes [6]. Em geral, esse grupo apresenta redução nas
                             funções cognitivas e fisiológicas, que pode comprometer sua capacidade de






                                                                                                            361

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                                                                                                         DER / SP
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