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CAPÍTUL O 1 6 – OPER A ÇÃ O SE GUR A DE RODO VIA S
por videomonitoramento. O monitoramento contínuo permite a coleta de dados sobre
velocidade, fluxo e densidade de tráfego. Dispositivos ITS são capazes de identificar
condições anormais na via para que sejam realizadas operações seguras para mitigar
os efeitos no tráfego [5].
O videomonitoramento de tráfego é realizado pelo Centro de Controle Operacional
(CCO) do operador da rodovia, 24 horas por dia. A ferramenta permite monitorar cons-
tantemente o fluxo de tráfego e identificar eventuais situações anormais, como con-
gestionamentos, acidentes, veículos parados na pista, incêndios, condições climáticas
adversas, situação das praças de pedágio etc. O videomonitoramento ainda conta com
a presença de autoridade policial, a qual pode fazer autuação no momento da identifi-
cação da infração, por meio do próprio videomonitoramento.
O Controle Operacional por videomonitoramento permite acionar os Serviços de
Atendimentos ao Usuário e/ou uma equipe para investigar em campo com mais de-
talhes quaisquer intercorrências na rodovia, presença de obstáculo na pista, buracos,
entre outras situações adversas. Tecnologias mais recentes incluem sistemas de de-
tecção automática de situações anormais por vídeo, para identificar obstáculos, aci-
dentes, veículos parados, congestionamento, fumaça etc. e emitir alertas ao CCO para
informá-los da situação adversa. Também podem ser citados o uso de drones e a co-
nectividade de todo o sistema de transporte por meio de Wi-Fi, entre veículos, entre
veículos e infraestrutura e entre usuários. Além disso, a aquisição de dados via CCO
permite a construção de modelos preditivos de monitoramento no futuro.
Outro ponto importante no monitoramento de rodovias é a operação de praças de
pedágio, tanto para manter a fluidez do tráfego em locais que podem ser gargalos para
o desempenho operacional da rodovia, como para garantir a segurança dos usuários.
Deve ser monitorada a operação em todas as pistas de pedágio (manuais ou automáti-
cas), o tempo admissível para a operação de cobrança de pedágio, a fila máxima admi-
tida e demais informações fornecidas ao Centro de Controle Operacional (CCO).
Quanto à operação segura de praças de pedágio, destaca-se a necessidade de
controle da velocidade, tanto na aproximação das ilhas de pedágio, como na passagem
pelas cabines, especialmente nas cabines de cobrança automática. Além disso, é preci-
so sinalizar o rabo de fila, sendo recomendado, inclusive, definir uma cabine específica
para motos, bem como facilitar o uso de cabines de pedágio automáticas. A segurança
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP