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CAPÍTUL O   1 7   –     Pr O b L em A s   TÍP i C O s   em   r O d O vi A s   d A   m AL h A   P A UL is T A




                       Os locais sensíveis a este tipo de acidente estão normalmente relacionados a tra-
                  vessias urbanas dos tipos II e III , conforme apresentado no “Capítulo 10 — Travessias
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                  urbanas”, e a polos geradores de viagens (PGVs), localizados adjacentes às rodovias. No

                  primeiro caso, o desenvolvimento urbano em ambos os lados da rodovia gera deman-
                  das de travessias de pedestres. Frequentemente, essas demandas não se concentram
                  em pontos específicos, mas são pulverizadas ao longo da extensão do trecho urbano.
                  Também são comuns em rodovias litorâneas, situadas entre a orla e a área urbanizada.


                       Os casos de polos geradores de viagens podem envolver a localização de uma in-
                  dústria, armazém, comércio de grande porte, universidade, acesso a um loteamento
                  ou condomínio fechado, entre outros. Em todas essas situações, promove-se a con-
                  centração de pedestres nas laterais do sistema rodoviário, especialmente nos locais
                  onde existem pontos de parada de transporte coletivo para atender às demandas dos

                  pedestres, o que exige grande atenção por parte dos projetistas em relação à Seguran-
                  ça Viária.

                       Os atropelamentos podem ocorrer tanto ao longo do segmento da rodovia quanto

                  nas interseções. Além disso, não ocorrem somente em situações de demanda de cru-
                  zamento dos pedestres, mas também quando esses usuários caminham ao longo da
                  rodovia.

                       Os fatores típicos que adicionam riscos aos pedestres são [1]:


                           •  velocidade incompatível com a circulação de pedestres e ciclistas;
                           •  ausência de infraestrutura segura para pedestres;

                           •  segregação inadequada entre as calçadas e o tráfego;

                           •  número de faixas de tráfego;
                           •  ausência de intervalos seguros para o cruzamento de pedestres, em espe-
                             cial, em vias com várias faixas de tráfego;

                           •  complexidade e falta de legibilidade dos movimentos do tráfego em inter-
                             seções;




                  3   Diferentemente das travessias urbanas do tipo I, as travessias dos tipos II e III são aquelas que
                     sofrem influência do tráfego local, seja por passagem perturbada em áreas de influência urbana
                     (tipo II) ou atravessando áreas urbanizadas (tipo III). Para mais detalhes, consultar a definição
                     dos tipos de travessia no “Capítulo 10 — Travessias urbanas”.


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                                                                          MANU  AL  DE  SE GUR  ANÇA  VIÁRIA
                                                                                                             SP
                                                                                                            /
                                                                                                         DER / SP
                                                                                                         DER
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