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CAPÍTUL O 1 7 – Pr O b L em A s TÍP i C O s em r O d O vi A s d A m AL h A P A UL is T A
17.3 Outras situações de risco recorrentes em
rodovias do estado de São Paulo
Além das tipologias de acidentes com maior incidência e de maior severidade na ma-
lha paulista, também é importante destacar fatores e situações de risco recorrentes,
assim como contramedidas consagradas pela experiência do DER/SP e na literatura
técnica sobre o assunto.
Saídas de pista, por exemplo, são ocorrências comuns e podem incorrer em diver-
sos tipos de acidentes como choques, tombamentos, capotamentos, quedas e outros
menos prováveis, como colisões traseiras. Esses acidentes podem resultar em conse-
quências graves ou, até mesmo, fatais para os envolvidos, a depender das demais con-
dições e fatores de risco presentes no momento da ocorrência. Geralmente, a velocida-
de inapropriada é um fator de risco frequente nesses casos, em especial, em situações
de curvas horizontais acentuadas ou sem superelevação adequada ou ainda precedidas
de longas tangentes em rampa descendente.
Situações de saídas de pista são provocadas pela perda do controle do veículo,
que deixa de circular pela área pavimentada e atinge as laterais da rodovia ou o cantei-
ro central. Por isso, conforme abordado no “Capítulo 8 — Projeto seguro das laterais
das vias”, zonas livres de obstáculos devem ser previstas, garantindo que elementos
como dispositivos de drenagem sejam traspassáveis, suportes de sinalização ou pos-
tes de iluminação sejam adequadamente posicionados ou colapsíveis, e estruturas e
edificações tenham distâncias seguras do bordo da pista. Caso isso não seja possível
ou viável, dispositivos de contenção viária devem ser adequadamente instalados. No
caso de curvas horizontais, pode ser necessário o controle da velocidade de aproxi-
mação, a correção da geometria para raios de maiores dimensões ou a implantação de
superelevações.
Contramedidas de menor custo também podem ser empregadas, como a melhoria
do delineamento da pista, a utilização de linhas de bordo de maior largura e o emprego
de sonorizadores. A utilização de linhas de bordo com maior largura, por exemplo, tem
potencial de redução de acidentes maior que 37%, enquanto a implantação sequen-
cial de marcadores de alinhamento podem reduzir em cerca de 60% dos acidentes com
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