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CAPÍTUL O 0 7 – Pr O je T O se g U r O de r O d O vi A s
Figura 7.1: Efeito da curva espiral de transição no traçado
(a) sem curva de transição (b) com curva de transição
Fonte: elaborado pelo autor com base em [2]
As curvas de transição apresentam diversas vantagens, entre elas, aumentar o
conforto ao dirigir, minimizar conflitos laterais, tornar as velocidades mais uniformes,
facilitar o escoamento de água na zona de transição da superelevação, melhorar a apa-
rência da rodovia (eliminando quebras de continuidade no início e fim das curvas cir-
culares) e facilitar a transição da largura quando a seção é alargada em torno de uma
curva circular (superlargura). A tendência dos veículos de invadirem faixas adjacentes
também diminui, uma vez que o trecho em espiral proporciona suavidade ao traçado,
eliminando quebras de continuidade entre as tangentes e as curvas circulares, espe-
cialmente nas curvas de raio pequeno. Nesse contexto, curvas de transição são ele-
mentos de grande importância em projetos seguros de rodovias.
Em décadas anteriores, curvas compostas sem transição costumavam ser empre-
gadas devido à facilidade de execução com a tecnologia existente [3], especialmente
em terrenos montanhosos. Esse tipo de curva consiste em curvas circulares consecuti-
vas de raios diferentes que giram na mesma direção, com um ponto tangente comum.
Contudo, a variação súbita de raios pode surpreender os motoristas e aumentar o risco
de erros, e consequentemente, a ocorrência de acidentes. Assim, esse tipo de curva não
deve ser empregado em novos projetos rodoviários e, no caso de projetos de melhorias
ou duplicação, deve ser substituído por substituídas por uma única curva circular ou por
curvas espirais de transição.
Trechos excessivamente longos em tangente devem ser evitados, pois apresen-
tam rigidez geométrica e pouca adaptabilidade às diversas formas de paisagem. Esse
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP