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CAPÍTUL O   0 7   –   Pr O je T O   se g U r O   de   r O d O vi A s




                  superelevação , superlargura, entre outros. Para efeitos de organização, esses ele-
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                  mentos são apresentados em seis tópicos: (i) alinhamento horizontal, (ii) alinhamen-
                  to vertical, (iii) coordenação entre alinhamentos horizontal e vertical, (iv) declividade

                  transversal, (v) distância de visibilidade e (vi) largura das faixas de rolamento e dos
                  acostamentos.

                       As características de projeto das laterais das vias relacionadas à segurança, como
                  zonas livres laterais, são abordadas no “Capítulo 8 — Projeto seguro das laterais das

                  vias”. Vale ressaltar, contudo, a necessidade de garantir uma plataforma com largura
                  adequada para permitir a implantação dos dispositivos de contenção viária.




                  7.1.1 Alinhamento horizontal


                  O projeto de alinhamento horizontal de uma rodovia é compreendido pelas tangen-
                  tes (segmentos em reta) e pelas curvas horizontais e de concordância, desenvolvidas
                  no eixo da via em planta. Segmentos em tangente devem ser coordenados da melhor

                  forma possível por meio das curvas, visando proporcionar suavidade ao traçado. Para
                  tanto, as curvas podem ser circulares (com raio constante) ou de transição (com o em-
                  prego de segmentos em espiral antes e depois da curva circular).

                       Do ponto de vista da continuidade, tangentes e curvas podem apresentar grandes

                  problemas quando combinadas. Contudo, o emprego de curvas de transição em espi-
                  ral fornece traçados mais suaves, seguros e confortáveis, pois se adequam melhor ao
                  movimento efetivamente realizado pelos veículos. A variação gradual do raio permite
                  a adaptação da velocidade e da dirigibilidade e favorece uma mudança uniforme na

                  aceleração centrífuga, conforme os veículos entram e saem da seção circular da curva.
                  A Figura 7.1 ilustra o efeito da curva de transição em espiral no traçado.













                  2   Superelevação é a declividade transversal aplicada nos trechos em curvas, com o objetivo de
                     contrabalançar o efeito da aceleração centrífuga [1]. Assim, permite que não haja grandes dife-
                     renças de velocidade entre trechos em tangentes e curvos.


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