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CAPÍTUL O 0 7 – Pr O je T O se g U r O de r O d O vi A s
As curvas verticais devem proporcionar condições de visibilidade adequadas ao
longo de todo o seu desenvolvimento. A distância de visibilidade, especialmente a dis-
tância de visibilidade de parada (DVP) é, portanto, o parâmetro condicionante para a
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fixação do comprimento mínimo das curvas verticais. Esse valor é determinado em
função da velocidade de projeto e da diferença entre greides, tanto para curvas verti-
cais côncavas como para curvas verticais convexas [6].
De modo geral, os principais elementos que devem ser considerados na análise de
segurança do alinhamento vertical são [1]:
• nas descidas: aumento da velocidade e das distâncias de frenagem, além da
possibilidade de falha dos freios dos veículos pesados;
• nas subidas: diferenças de velocidade entre veículos leves e veículos
pesados;
• em curvas verticais convexas: distâncias de visibilidade restritas;
• em curvas verticais côncavas: acúmulo de água e distância de visibilidade
noturna.
A seguir, destacam-se recomendações gerais de projeto a respeito do alinhamento
vertical relacionadas ao que foi exposto anteriormente [6]:
• frequentes alterações de rampa devem ser evitadas, pois além de quebrar
as expectativas dos motoristas, prejudicam a visibilidade e o conforto. É
desejável uma linha de greide suave, com mudanças graduais e tão contí-
nuas quanto possível, garantindo melhor fluidez do tráfego;
• deve-se evitar alinhamento vertical ondulado. A sucessão de lombadas e
depressões pode limitar a visibilidade, uma vez que veículos em pontos bai-
xos ficam ocultos, criando situações problemáticas do ponto de vista de
segurança;
• em vias de baixa velocidade, pode-se intercalar rampas íngremes com
rampas mais suaves, ao invés de dispor de rampa contínua com greide
intermediário;
8 Este tema é abordado com mais detalhes no item “7.1.5 — Distância de visibilidade”.
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP