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CAPÍTUL O 0 7 – Pr O je T O se g U r O de r O d O vi A s
alinhamento vertical suavizado, com curvas verticais que garantam uma boa distância
de visibilidade de parada (DVP) de acordo com a velocidade de projeto. Essa recomen-
dação deve ser considerada especialmente em trechos em tangente, mas também em
trechos de curvas horizontais suaves.
A Figura 7.6 apresenta os alinhamentos horizontal e vertical e a perspectiva do
problema gerado por pequenas ondulações no greide (à esquerda) versus uma boa prá-
tica de projeto seguro a ser adotada para suprimir os pontos sombreados (à direita).
Figura 7.6: Pontos sombreados causados por pequenas ondulações no greide em trechos
em tangente: situação inadequada versus boa prática
Fonte: elaborado pelo autor com base em [8]
À esquerda, observa-se que as pequenas ondulações no greide em trechos em
tangentes não são visíveis na perspectiva do motorista, induzindo-o a acreditar que o
alinhamento vertical é constante e o traçado da rodovia está completamente visível,
bem como o tráfego no sentido oposto. A figura à direita apresenta uma boa solução de
Segurança Viária, em que as oscilações no greide são substituídas por uma única curva
vertical suave.
Por fim, a situação (iii) refere-se a quebras visuais que surpreendem o usuário e
dificultam a legibilidade da via, causadas pela descoordenação entre os vértices das
curvas horizontais e verticais. Essas quebras podem ocorrer a partir de diferentes
combinações dos alinhamentos e, geralmente, resultam de uma desconformidade dos
traçados em planta e em perfil.
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP