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CAPÍTUL O 0 9 – PRO JET O SE GURO DE INTERSE Ç ÕE S E A CE SSOS
disposição e frequência dos acessos [3]. É desejável acompanhar o efeito de greide na
determinação do comprimento das faixas, considerando [2]:
• greide ascendente: diminui o comprimento da faixa de desaceleração a au-
menta o comprimento da faixa de aceleração;
• greide descendente: aumenta o comprimento da faixa de desaceleração a
diminui o comprimento da faixa de aceleração.
A densidade de acessos é um fator que aumenta o risco e a frequência de acidentes,
pois gera alterações no tráfego da rodovia, como movimentos de cruzamento e alte-
rações de velocidades dos veículos devido à interferência constante na faixa principal.
O espaçamento entre acessos deve ser suficiente para que seja possível executar ma-
nobras, sem interferências de outros acessos, interseções ou retornos, e fornecer o
espaço requerido pela sinalização [2]. Por isso, deve-se controlar a disposição desses
pontos, para que a distância entre eles não seja inferior a 500 metros [8].
Sendo assim, o controle de acessos é um fator determinante para a Segurança
Viária e o nível de serviço da rodovia. Em rodovias de classe 0 é exigido um controle
total de acessos. Em São Paulo, rodovias de classe IA possuem acessos controlados
com limitações dos pontos de entrada e saída da rodovia principal. Para auxiliar no
controle de acessos e na acomodação de veículos, podem ser adotadas vias laterais ou
vias marginais. Vias laterais são faixas paralelas à rodovia principal, localizadas fora
da faixa de domínio. Vias marginais são componentes da faixa de domínio, também
implantadas longitudinalmente à via de tráfego controlado, as quais coletam o tráfego
local e organizam o tráfego de entrada e saída da via principal. Existem dois tipos de
vias marginais:
a) vias marginais para mediação de acessos: são implantadas onde há muitos
acessos diretos à rodovia. Apresentam apenas uma entrada e uma saída da
rodovia, a fim de limitar as interferências na via principal;
b) vias marginais de apoio para áreas urbanizadas: muitas vezes se faz neces-
sário implantar vias paralelas à rodovia principal, para segregar o tráfego de
viagens urbanas das viagens rodoviárias de longa distância.
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP