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CAPÍTUL O   1 0   –   TR A VE SSIA S   URB ANA S




                  10.4 Critérios de projeto em travessias urbanas





                  Tradicionalmente, soluções para os problemas de segurança em travessias urbanas
                  mencionados consideram três tipos principais de soluções:

                         (i)  medidas moderadoras de tráfego, para garantir que as velocidades do trá-
                             fego rodoviário sejam adequadas aos conflitos e à presença de usuários

                             vulneráveis nas travessias urbanas;
                         (ii)  implantação de vias marginais, configurando-se como uma forma de me-
                             diação entre os fluxos de passagem do tráfego rodoviário e o tráfego local; e

                        (iii)  construção de contornos rodoviários, redirecionando o tráfego rodoviário e
                             eliminando o conflito entre a área urbanizada e a rodovia.



                       A proposição de tratamentos efetivos para Segurança Viária baseia-se em variá-
                  veis que se alteram com o tempo, como variáveis demográficas, geográficas, econômi-
                  cas, ambientais, entre outras [1]. O acompanhamento desses indicadores é essencial
                  para a elaboração de propostas efetivamente seguras. Deve-se considerar, também,
                  que as soluções de Segurança Viária podem se alterar ao longo do tempo, na mesma

                  medida que tais indicadores se transformam.

                       O Quadro 10.3 apresenta soluções de Segurança Viária que levam em conta as
                  demandas de mobilidade do tráfego rodoviário e a acessibilidade às comunidades lin-
                  deiras pelo tráfego local. É importante considerar com cautela o tipo de travessia urba-
                  na que está sendo projetada ou requalificada (tipos I, II ou III). No caso de uma rodovia
                  atravessando área urbanizada (tipo III), as medidas mais recomendadas são aquelas
                  que conciliam a acessibilidade da comunidade com a segurança dos usuários, espe-

                  cialmente para promover a redução de velocidade e direcionar os acessos e os cruza-
                  mentos a locais com boa visibilidade e iluminação adequada. Já no caso de rodovias
                  atravessando áreas de influência urbana com passagem perturbada (tipo II), recomen-
                  da-se, sempre que possível, separar o tráfego local e os usuários vulneráveis do tráfe-
                  go rodoviário, por meio de vias marginais e cruzamentos em desnível. Quando não for
                  possível separar o tráfego, deve-se reduzir a velocidade permitida e realizar o controle
                  de acessos. Em rodovias que passam por perímetro urbano em situação segregada

                  (tipo I), os projetos devem priorizar o controle dos acessos e vias alternativas para o
                  tráfego local, bem como cruzamentos em desnível.


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                                                                                                             SP
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                                                                                                         DER / SP
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