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CAPÍTUL O   1 0   –   TR A VE SSIA S   URB ANA S




                       As rodovias que passam por perímetro urbano em situação segregada (tipo I) têm
                  projeto similar às rodovias localizadas em ambiente completamente rural e, por isso,
                  para o desenvolvimento do projeto e plano de operação, pode-se consultar os demais

                  capítulos deste Manual. Este capítulo tem como foco os trechos de rodovias que so-
                  frem mais influência das características urbanas (tipo II e tipo III).




                  10.5 Medidas moderadoras de tráfego





                  Em qualquer projeto de rodovia, a velocidade deve ser compatível com as condições e
                  circunstâncias locais, de forma a garantir a segurança de todos os usuários. Especial-
                  mente em travessias urbanas do tipo III, onde coexistem veículos leves e pesados e há
                  uma quantidade significativa de pedestres e ciclistas, é importante que os motoristas

                  se desloquem com velocidades que sejam condizentes com a fragilidade humana.

                       Mudanças na geometria da via podem induzir a redução da velocidade. A essas
                  mudanças damos o nome de medidas moderadoras de tráfego (traffic calming measures,
                  em inglês). Elas devem ser implantadas em locais cujas velocidades são incompatíveis

                  com a segurança e tragam risco aos usuários que circulam pela via. Além disso, devem
                  ser implementadas e reavaliadas ao longo do tempo, para que se adaptem às mudan-
                  ças de uso da via e do comportamento dos motoristas.


                       Os principais objetivos das medidas moderadoras de tráfego para a Segurança
                  Viária são [9]:

                           •  reduzir as velocidades operacionais, considerando a fragilidade dos usuá-
                             rios vulneráveis, a diminuição do diferencial de energia e da severidade dos

                             acidentes;
                           •  reduzir o número de locais com grande potencial de acidentes;

                           •  aumentar o nível de alerta e auxiliar no comportamento seguro.



                       Nas travessias em que há maior influência das características urbanas (tipos II e
                  III), o conflito entre pedestres, ciclistas e veículos motorizados deve ser considerado

                  na definição da velocidade segura mais adequada, tanto em relação às demandas de



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