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CAPÍTUL O   1 0   –   TR A VE SSIA S   URB ANA S




                  mobilidade como em relação às demandas de acessibilidade. Na maior parte dos casos,
                  após a análise da perturbação que a via sofre ao entrar na área urbana, é necessário
                  reduzir a velocidade. Se esse conflito entre os usuários ocorrer apenas nas vias margi-

                  nais, a velocidade deve ser reduzida apenas nesses trechos. Caso o conflito ocorra tam-
                  bém nas pistas expressas, sugere-se reduzir a velocidade ao longo de todo o segmento
                  de travessia urbana, para proporcionar segurança aos usuários.

                       De maneira geral, as travessias urbanas não são homogêneas. Há variações na

                  densidade de acessos, no fluxo de tráfego, no uso do solo, entre outros aspectos. Des-
                  se modo, estabelecer um limite de velocidade único pode ser inadequado, visto que
                  pode incorrer em riscos de má operação da via, diminuição da capacidade e piora do
                  nível de serviço, além de não promover benefícios à segurança. Para a determinação
                  da velocidade , sugere-se uma análise por segmentos homogêneos, considerando dois
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                  aspectos principais: melhoria da segurança (redução do número e/ou da severidade dos
                  acidentes) e otimização da operação da via [9].

                       Para escolher a medida mais adequada a cada localidade, deve-se, primeiramente,

                  avaliar com cuidado o sistema viário e os fatores contribuintes para os acidentes. As
                  medidas moderadoras de velocidade devem ser implementadas de forma sistêmica,
                  baseadas na compreensão da rodovia e de todos os elementos que a constituem. Mes-
                  mo que seja uma medida pontual, seu efeito será benéfico se for avaliado em conjun-

                  to com outras caraterísticas da via. Para auxiliar nesse processo, pode-se utilizar as
                  metodologias descritas nos “Capítulo 5 — Uso e tratamento de dados de acidentes”,
                  “Capítulo 12 — Abordagens proativas” e “Capítulo 14 — Avaliação econômica e moni-
                  toramento de projetos implantados”. Cada medida deve ser escolhida de acordo com as

                  especificidades locais, uma vez que escolhas inadequadas podem ter efeitos adversos.
                  Além das medidas aqui apresentadas, a sinalização horizontal e vertical eficiente é fun-
                  damental para reduzir a velocidade dos veículos.













                  3   Recomendações mais  detalhadas para  a elaboração de  projetos com velocidade  segura são
                     apresentadas no “Capítulo 6  Diretrizes para projeto seguro de rodovias”.


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