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CAPÍTUL O 1 0 – TR A VE SSIA S URB ANA S
São tipicamente destinadas a áreas urbanizadas (travessias urbanas do tipo III) e
não são apropriadas para vias com velocidades elevadas [3]. Além disso, não são reco-
mendadas para vias com mais de um sentido de tráfego [15].
10.5.5 Estreitamento da via
O estreitamento da via pode ser implantado em um ponto da via ou ao longo de um
trecho, sendo geralmente associado a um local de cruzamento de pedestres. Nesses
casos, deve ser acompanhado de outras medidas moderadoras que induzam à redu-
ção de velocidade (como a lombofaixa). Para realizar o estreitamento da via, é possível
prolongar as calçadas ou implementar faixas de pavimento diferenciado, vegetação,
pintura horizontal e canteiros.
Essa medida moderadora deve ser física, com canteiros, e deve estar associada à
sinalização específica. Como resultado, o estreitamento da via diminui a distância per-
corrida pelos pedestres no cruzamento por meio da redução do número e/ou da largura
das faixas, minimizando a exposição do pedestre na travessia.
É preciso atentar-se à redução da capacidade no segmento de via provocada pelo
estreitamento, o que pode afetar o nível de serviço da rodovia [3]. Portanto, os estrei-
tamentos são adequados em locais com baixo fluxo de tráfego, onde se deseja reduzir
a velocidade e ordenar o fluxo. Deve-se ter atenção ao projeto no segmento de aproxi-
mação do estreitamento da via, podendo ser incluídas faixas de estacionamento antes
e depois do estreitamento. Além disso, os estreitamentos podem ser acompanhados
de mudanças no revestimento, como cor e textura, as quais são utilizadas para alertar
os motoristas sobre mudanças no ambiente da via e para advertir sobre entradas e saí-
das de veículos, produzindo contraste entre os espaços e diferentes usos [1]. A Figura
10.9 apresenta um exemplo de via com estreitamento lateral.
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
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