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CAPÍTUL O 1 1 – C O nsider A ç õe s s O bre U s U ári O s v UL ner á veis
desencorajado e, se necessário, proibido. Excepcionalmente, nas rodovias de classe IA em
segmentos viários de influência urbana, o caminhamento de pedestres pode ser permitido
quando houver vias marginais, preferencialmente com a utilização de calçadas segregadas.
11.2.2 Demanda de cruzamento
Quando a demanda dos usuários vulneráveis é de cruzamento, recomenda-se a ordem
de tratamento apresentada na Figura 11.2 e detalhada a seguir:
• cruzamento em nível: primeiramente, deve-se verificar a possibilidade de
atender à demanda de cruzamento com segurança com a adoção de cru-
zamentos em nível acompanhados de sinalização de alerta e iluminação e,
se necessário, medidas moderadoras de tráfego (apresentadas no “Capí-
tulo 10 Travessias Urbanas”). Nesse caso, os movimentos dos usuários
vulneráveis são separados dos movimentos de veículos motorizados por
meio de cruzamento sinalizado, lombofaixas ou cruzamentos semaforiza-
dos com fase específica para usuários vulneráveis (separação no tempo).
Deve-se certificar que os usuários vulneráveis tenham intervalos seguros
para realizar o movimento de cruzamento, bem como, que os veículos con-
sigam avistar pedestres e ciclistas e desviar ou parar com segurança, em
caso de necessidade.
• cruzamento em desnível: se não for possível proporcionar cruzamento em
nível seguro, como ocorre em vias de classes mais elevadas (classes 0 e IA)
e em travessias urbanas do tipo II, seja pelas altas velocidades praticadas
ou por falta de intervalos suficientes, deve-se prever a separação física dos
usuários por meio de travessias em desnível, como passarelas (com rampas
adequadas ao tráfego de ciclistas e de todos os grupos de pedestres), pas-
sagens inferiores, rebaixamento ou elevação de pista. Destaca-se a neces-
sidade de prever medidas para minimizar cruzamentos inseguros, uma vez
que pedestres e ciclistas tendem a optar por percorrer o caminho mais fácil.
Assim, atravessam a rodovia pela própria faixa de tráfego ao invés de fazer
uso dos dispositivos de segurança existentes, especialmente quando são
fornecidas passarelas e passagens inferiores, que podem demandar des-
vios na trajetória, aumento no tempo de percurso e necessidade de vencer
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP