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CAPÍTUL O   1 4   –   A v AL i A çã O   E C O nômi CA   E   m O ni T O r A m E n T O   d E   P r O j ET O s   im PLA n T A d O s




                  por sua vez, são duas importantes referências internacionais com dados sobre a efeti-
                  vidade de projetos de engenharia para Segurança Viária.


                     BOX 2    MÉTODO PREDITIVO DO HIGHWAY SAFETY MANUAL (HSM)

                       i
                       i      Uma forma de estimar a redução na frequência e na severidade de acidentes
                              e, assim, possibilitar a comparação de diferentes contramedidas, é o emprego
                              do método preditivo do HSM [1]. Esse método é pouco utilizado atualmente no
                              Brasil, por ser um método que demanda grande disponibilidade de dados para
                              sua aplicação. Contudo, as estimativas alcançadas com o método preditivo são
                              bastante precisas.
                              O método preditivo do Highway Safety Manual é apresentado no “Capítulo 15 —
                              Modelo para previsão de acidentes”, no qual é explicado como estimar a varia-
                              ção da frequência de acidentes com a implantação de uma contramedida ou de
                              um conjunto de contramedidas.





                       A avaliação econômica, a partir de metodologias que consideram os benefícios em
                  termos monetários, exige que a redução estimada na frequência de acidentes seja con-
                  vertida em valores monetários. Para isso, o DER/SP considera que os benefícios advin-

                  dos da redução na frequência de acidentes, em termos monetários, estão relacionados
                  ao custo do acidente e utiliza a metodologia proposta pelo IPEA para estimar o custo
                  social dos acidentes [7]. Nessa metodologia, os custos dos acidentes são determinados
                  a partir de quatro componentes, conforme apresentado no “Capítulo 3 — Acidentali-

                  dade”, sendo eles: pessoas, veículos, vias (e meio ambiente onde ocorreu o acidente) e
                  instituições públicas envolvidas (judiciais e de atendimento).

                       Os benefícios anuais de um projeto de contramedidas são estimados multiplicando
                  o número de acidentes que devem ser evitados, a partir da implementação do projeto,

                  pelo custo social da redução desses acidentes. Dessa forma, a estimativa da variação
                  da frequência de acidentes é primeiramente convertida em valores monetários e, em
                  seguida, esses valores são convertidos a valores presentes.


                       Recomenda-se realizar o cálculo por nível de severidade do acidente (vítimas com
                  ferimentos leves, vítimas com ferimentos graves ou vítimas fatais), de modo a aumen-
                  tar a precisão dos resultados. Para isso, é necessário conhecer o valor monetário dos
                  acidentes por severidade (ou seja, acidentes fatais, acidentes com lesões graves ou




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