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CAPÍTUL O 0 8 – Pr O je T O se g U r O d A s LA T er A is d A s vi A s
igual ao valor calculado. A zona livre lateral deve ter terreno traspassável e não conter
elementos de risco e restrições à segurança.
Posteriormente, é preciso avaliar se dentro da zona calculada existem obstáculos
fixos, taludes críticos ou estruturas de drenagem não traspassáveis. Em caso positivo,
deve-se tratar os riscos identificados, seguindo a ordem de prioridade supracitada. A
identificação do tipo de elemento de risco e suas características também são impor-
tantes para determinar a melhor solução de projeto.
Idealmente, é desejável remover todos os elementos que impeçam os usuários da
via de utilizar a área com segurança em situações de emergência. Afinal, obstruções
à zona livre calculada são potencializadores dos riscos de acidentes, pois, em caso de
saída de pista, podem aumentar a severidade do acidente devido ao impacto do veículo
com os objetos rígidos. Porém, uma zona livre de obstruções pode não ser viável em
todas as seções da via, em termos funcionais, práticos e/ou econômicos. Assim, se não
for possível eliminar o elemento de risco, deve-se redesenhá-lo para que possa ser
atravessado de maneira segura. Um exemplo que pode ser mencionado é a alteração
da seção de projeto de estruturas de drenagem longitudinais para que sejam traspas-
sáveis. Outra alternativa é redesenhar as estruturas de drenagem transversais, para
que seu início e fim coincidam com a declividade dos taludes de aterro, tornando-as
traspassáveis com segurança.
Na hipótese de não conseguir redesenhar, é necessário verificar se o elemento
de risco pode ser realocado para um local com menor possibilidade de acidente. Uma
situação típica é a necessidade de mover as instalações de postes de transmissão de
energia para locais mais afastados, fora da zona livre lateral, de forma que a área se
torne traspassável e sem obstruções que possam prejudicar a Segurança Viária.
Nos casos em que nenhuma das soluções apresentadas possam ser adotadas,
sugere-se o uso de suportes que não se constituam em obstáculos fixos, uma vez que
são feitos de materiais menos rígidos e que podem minimizar o impacto da colisão, di-
minuindo a severidade do acidente. Esses materiais são projetados para se romperem
de forma previsível e têm fácil implantação em suportes de sinalização vertical (placas),
suportes de luminárias e postes utilitários.
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP