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CAPÍTUL O 0 6 – Dire T rize s P A r A P r O je T O se g U r O D e r ODO vi A s
estabelece níveis mínimos e/ou máximos a serem respeitados para conferir condições
de conforto, fluidez e segurança à rodovia. Padrões mais elevados (critérios mais rigo-
rosos) exigem maiores investimentos, mas podem se provar mais eficientes quanto ao
benefício-custo no longo prazo, especialmente quando volumes elevados e maior va-
riedade na composição do tráfego são esperados [15]. Rodovias com grande volume de
tráfego que possuem controle de acesso e separação física para os fluxos de sentidos
contrários, por exemplo, apresentam condições de segurança superiores às demais.
Contudo, projetar uma rodovia segura não é o mesmo que projetar uma via que
simplesmente atenda aos critérios de projeto. Embora a conformidade com os padrões
e orientações seja necessária para garantir condições de segurança, existem situações
em que seguir apenas as recomendações pode não ser suficiente, uma vez que ele-
mentos individuais projetados de acordo com os padrões podem, quando combinados,
resultar em uma condição insegura [16]. Como exemplo, alinhamentos horizontais e
verticais quando não coordenados podem resultar em inconformidades geométricas na
visão do projeto tridimensional [13]. Assim, a Segurança Viária pode ser caracterizada
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como Nominal ou Substantiva.
A Segurança Nominal é baseada nos padrões de projeto, ou seja, está relaciona-
da ao atendimento ou não dos critérios de projeto. Dessa forma, quando uma rodovia
atende aos critérios mínimos (ou máximos) de projeto, ela é caracterizada como nomi-
nalmente segura. No entanto, a Segurança Nominal não caracteriza a segurança real
ou esperada de uma rodovia.
A Segurança Substantiva, por outro lado, é baseada no desempenho de segurança
da rodovia , podendo ser quantificada em termos de:
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• Número absoluto de acidentes: número de acidentes em um determinado
segmento da rodovia ou interseção durante um período especificado;
• Índice de acidentes: número de acidentes normalizado em razão de outras
grandezas para levar em conta a exposição, como por exemplo acidentes
por quilometro percorrido;
• Tipologia do acidente;
9 Esse tema é abordado com mais detalhes no “Capítulo 7 — Projeto seguro de rodovias”
10 Indicadores de desempenho de segurança são apresentados no “Capítulo 3 — Acidentalidade”
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP