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CAPÍTUL O   0 6   –   Dire T rize s   P A r A   P r O je T O   se g U r O   D e   r ODO vi A s




                           •  Severidade do acidente: podendo ser acidentes com vítima fatal, acidente
                             com vítima com ferimentos graves, acidente com vítima com ferimentos
                             leves ou acidente com danos materiais somente (sem vítima).




                       O desafio do projetista é, portanto, alcançar o maior nível de segurança substanti-
                  va possível, considerando as restrições físicas e financeiras do projeto. É preciso aten-
                  tar-se aos elementos e características do projeto em um sentido amplo, sendo capaz
                  de identificar a interação entre os diversos elementos de projeto e o efeito dessa inte-

                  ração na Segurança Viária, e não limitar-se aos critérios limítrofes (mínimos ou máxi-
                  mos) estabelecidos.

                       Problemas adicionais de segurança podem surgir quando novas necessidades são

                  impostas a rodovias existentes, onde há limitações de projeto e de largura da faixa de
                  domínio. Em rodovias com volume de tráfego elevado e altas velocidades, por exem-
                  plo, pode ocorrer o desenvolvimento lindeiro, resultando em um aumento no número
                  de acessos e de conflitos de tráfego. Desse modo, é importante garantir que o projeto
                  da plataforma tenha largura suficiente para instalar dispositivos de contenção viária

                  quando necessário.



                  6.3.1 Considerações sobre diferentes usuários



                  Definições de projeto, operação e manutenção das rodovias são influenciadas pelos
                  diferentes usuários que as utilizam. Critérios de projeto, como velocidade de proje-
                  to, distâncias de visibilidade, raio das curvas, greide etc. são definidos de acordo com

                  o veículo de projeto. A escolha do veículo deve levar em consideração a composição
                  do tráfego da rodovia, e ser representativa da maioria dos veículos existentes ou pre-
                  vistos [14].

                       Em geral, as características físicas e operacionais de veículos leves são selecio-

                  nadas como base para as escolhas dos elementos de projeto. Isso quer dizer que, em
                  diversas situações, veículos pesados e, especialmente, veículos longos (como Combi-
                  nações de Veículos de Carga — CVCs) não são contemplados pelas condições físicas da
                  via. Assim, ficam impossibilitados de realizar determinadas manobras com segurança,

                  como curvas em locais com faixa de rolamento com largura insuficiente para este tipo



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                     MANU AL  DE  SE GUR ANÇA  VIÁRIA
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