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CAPÍTUL O   1 1   –   C O nsider A ç õe s   s O bre   U s U ári O s   v UL ner á veis




                             audição, visão, atenção e processamento de informações, além de prejudi-
                             car o tempo de reação e a velocidade dos movimentos. Os idosos costumam
                             circular com velocidade reduzida, o que provoca aumento na exposição ao

                             risco em situações de travessia. Assim, esses usuários necessitam de in-
                             tervalos maiores entre veículos para a realização do cruzamento. Tendo em
                             conta que a população idosa está em crescimento, o comportamento desse
                             tipo de usuário deve ser previsto em projetos seguros [1].

                             Por outro lado, usuários mais jovens são menos experientes e podem ser
                             mais imprudentes. Crianças não têm capacidade cognitiva e de discerni-
                             mento dos movimentos dos veículos e dos riscos existentes na via. Pos-

                             suem, também, um ritmo de caminhada menor [15].
                             Há, ainda, outras particularidades em relação a pedestres mais jovens.
                             Devido à altura reduzida, crianças são menos visíveis pelos motoristas e

                             a dinâmica do acidente se altera, frequentemente resultando em aciden-
                             tes mais severos, uma vez que, ao invés de serem lançadas para cima do
                             capô dos automóveis, as crianças são derrubadas no chão, podendo bater
                             a cabeça.

                             Outra questão a ser considerada é o esforço dos adultos, que é redobrado
                             quando eles precisam carregar bebês de colo [15].

                         b)  Gênero

                             As questões de segurança no trânsito se aplicam de maneira diferente a
                             homens e mulheres por uma variedade de razões físicas e sociais. Exis-
                             tem diferenças nos padrões das lesões para homens e mulheres: mulheres
                             apresentam maior risco de lesões graves e maior risco de lesão cervical. Di-
                             ferenças intrínsecas de gênero com relação à estrutura óssea são possíveis

                             razões para essa distinção [16].
                             Além disso, questões sociais impactam os riscos aos quais as mulheres

                             estão expostas. Geralmente, quando mulheres morrem em decorrência de
                             acidentes de trânsito, elas ocupam as posições de passageiro ou de pedes-
                             tre e não de motoristas [16].

                         c)  Pessoa com deficiência (PcD)
                             PcDs podem apresentar limitações físicas, intelectuais, visuais ou auditivas

                             que dificultam a sua mobilidade. Esses pedestres podem ter uma velocidade


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                     MANU AL  DE  SE GUR ANÇA  VIÁRIA
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