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CAPÍTUL O 0 6 – Dire T rize s P A r A P r O je T O se g U r O D e r ODO vi A s
Em resumo, rodovias autoexplicativas devem ser [20]:
• Facilmente reconhecíveis: rodovias de mesma classe (com a mesma fun-
ção, o mesmo perfil de velocidade e o mesmo tipo de usuário) devem ser
semelhantes;
• Facilmente distinguíveis: rodovias de classes diferentes devem ser clara-
mente distintas (na aparência e layout);
• Facilmente interpretáveis: o comportamento esperado dos motoristas deve
ser claro, ou seja, as características da rodovia devem induzir os usuários a
agir da forma esperada.
Em acessos e entroncamentos rodoviários é preciso fornecer áreas de transição
(como faixas adicionais de aceleração e desaceleração) que permitam que os conduto-
res possam se adaptar de uma situação de tráfego para outra [1]. Além disso, é impor-
tante manter um campo de visão seguro, com contrastes suficientes para auxiliar na
orientação dos motoristas e aumentar seu estado de alerta.
Esses três conceitos abordados (consistência, legibilidade e rodovias autoexplica-
tivas) buscam melhorar a Segurança Viária levando em consideração fatores associa-
dos ao comportamento humano, em particular, fatores relacionados às expectativas
dos usuários.
6.5 Velocidade
O gerenciamento da velocidade é uma etapa fundamental para um Sistema Seguro.
Como mencionado no “Capítulo 4 — Fatores de risco e fatores contribuintes para os
acidentes”, há consenso entre os profissionais de Segurança Viária de que a velocidade
contribui tanto para a ocorrência quanto para severidade de acidentes.
Em engenharia de tráfego, o termo “velocidade” pode ser empregado para re-
ferir-se à diferentes conceitos, como velocidade de projeto, velocidade operacional e
velocidade regulamentada. A velocidade de projeto é a velocidade para a qual a ro-
dovia é desenhada e corresponde à maior velocidade com que um trecho viário pode
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP