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CAPÍTUL O 0 6 – Dire T rize s P A r A P r O je T O se g U r O D e r ODO vi A s
ser percorrido com segurança, quando o veículo está submetido apenas às limitações
impostas pelas características geométricas da via.
Após a definição da função e da classe da rodovia, determinar a velocidade de pro-
jeto é um dos primeiros passos da definição dos elementos do projeto geométrico da
rodovia. É a velocidade de projeto que orienta a seleção de grande parte dos parâme-
tros geométricos de um projeto [14].
Em uma rodovia, é desejável definir uma velocidade de projeto constante. A va-
riação da velocidade ao longo da rodovia tem um impacto direto na segurança: quanto
maior e mais inesperada a variação, maior é a probabilidade de ocorrência de aciden-
tes. Em locais onde mudanças no terreno e em outros elementos físicos podem exigir
mudanças na velocidade, devem ser empregados elementos de transição, como sinali-
zação clara ou, em alguns casos, curvas, de forma a influenciar a velocidade praticada
pelos motoristas [15].
A velocidade operacional, por sua vez, é definida como a velocidade na qual os con-
dutores operam seus veículos sob condições de fluxo livre. Ela pode ser estimada por
meio da observação do 85º percentil da distribuição de velocidades praticadas; isto é,
85% dos veículos em condições de fluxo livre viajam abaixo dela.
Já a velocidade regulamentada é definida a partir dos parâmetros geométricos da
via e deve respeitar os limites máximos estabelecidos pelo DER/SP para cada classe.
Ao estabelecer os limites de velocidade em uma rodovia, é preciso levar em considera-
ção [3], [22]:
• o tipo e combinação de usuários;
• funções e classes das rodovias;
• composição do tráfego;
• condições geométricas da via;
• condições operacionais da via — nas rodovias em operação, a velocidade
regulamentada pode ser ajustada com base na velocidade operacional;
• nível de segurança passiva da rodovia — nível de Segurança Viária, sobre-
tudo com relação à presença de diferentes elementos de segurança na via e
à sua capacidade de perdoar os erros humanos, criando condições de baixo
risco para todos os usuários;
• capacidade dos veículos em resistir aos impactos e evitar acidentes.
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MANU AL DE SE GUR ANÇA VIÁRIA
DER / SP