O Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP), órgão ligado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), realizou, nesta segunda-feira (08), workshop em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) com o objetivo de desenvolver novas metodologias do Sistema de Custos do órgão.
O encontro reuniu equipes técnicas das duas instituições, especialistas e convidados externos, em uma jornada de debates sobre práticas de elaboração de orçamentos, índices de reajuste, Benefícios e Despesas Indiretas (BDI), Utilização e Armazenamento de Carbono (CCUs) e coleta de dados de campo, entre outros tópicos.
O presidente do DER-SP, Sergio Codelo, ressaltou que a parceria com a FGV é relevante por procurar levar mais conhecimento aos envolvidos nas atividades."O compromisso do DER com a transparência está em apresentar esse novo processo de construção da tabela a todas as empresas prestadoras de serviços.Realizamos reuniões no ano passado com a equipe da FGV, para que todos tenham um conhecimento aprofundado", afirmou Codelo.
Ao longo do dia, os participantes discutiram fundamentos para a consolidação do novo modelo de custos, incluindo a estruturação de índices de preços, definição de sistemas de pesos e métodos de cálculo, além da análise do comportamento das séries ao longo do tempo, elementos que visam garantir previsibilidade e equilíbrio econômico-financeiro aos contratos públicos.Também foram apresentadas diretrizes sobre o uso de insumos exclusivos, a busca por maior economia nas contratações, metodologias de BDI e o desenvolvimento dos CCUs.
O encontro ainda tratou de temas como mobilização de mão de obra e equipamentos, premissas, atos normativos, dados quantitativos e transporte, além da caracterização das obras conforme localização, extensão, duração e condições específicas.
A programação reuniu painéis técnicos e debates sobre preços referenciais, critérios de orçamento e campanhas de coleta de dados em campo, etapas voltadas a ampliar a precisão dos levantamentos utilizados pelo órgão.
Para o coordenador de Planejamento e Custo do DER-SP, João Vítor de Carvalho Pacci, o workshop está alinhado a outras iniciativas do DER com a FGV, voltadas a aprimorar a integridade das documentações e a transparência dos processos técnicos."Em paralelo, isso está vinculado às discussões na câmara técnica, no dia 9 de dezembro, com o primeiro tema sobre pavimentação e usinagem, reforçando ainda mais o objetivo do órgão em dar transparência a todos os seus processos", afirmou Pacci.
Já Sandra Patrícia Echeverria Fernandez, superintendente de Metodologia e Custos da FGV, enfatizou a importância de detalhar ao público todo o processo que sustenta a criação de composições e preços diferenciados, frisando que esses modelos têm memória de cálculo, parâmetros bem definidos e comprovação técnica."Este trabalho é essencial para garantir serviços melhores remunerados e obras do DER mais eficientes", resumiu Fernandez.
Bruno Santos Pereira, diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva, considerou positiva a ação do DER de apresentar a metodologia de custos e padronização."Esta ação reforça a transparência e a credibilidade no uso dos recursos públicos, portanto, parabenizo o DER pela iniciativa", concluiu.
A apresentação contou ainda com participação dos engenheiros da FGV Raíssa Arvellos, Lucas Batista dos Santos, Ana Borges Costa, Sandra Travassos e Igor Guarino de Moura Sá.
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